quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Primeiros dias na Espanha

Conhecer a Espanha foi mágico como eu imaginava. Ter a oportunidade de visitar lugares lindos e tão ricos historicamente deveria ser um privilégio estendido a todos que valorizam verdadeiramente tal experiência.

No mesmo dia que cheguei, fui passear por Madri e imagem a minha surpresa ao ver um termômetro marcando 42° às 6 horas da tarde! Havia esquecido completamente aquela aula de geografia que contou que nos países longe do equador a duração do dia varia de acordo com as estações e achei o máximo ver anoitecer 9:40h da noite! A coisa é séria, amanhece 5:40h e vários estabelecimentos tem horário de funcionamento diferenciado no verão e inverno. A sensação de ter horas de luz a mais no seu dia é muito boa, imagino que não ia querer estar lá no inverno quando o contrário acontece.

Madri estava cheeeia de turistas de vindos de todas as partes do mundo! Várias feições, línguas e hábitos. Depois de visitar a parte histórica do lado oeste da cidade, fomos para um bar que promove encontros internacionais gratuitos de intercambio de idiomas chamado “Madrid Babel” onde dá para ter uma amostra da diversidade dos habitantes da capital espanhola.

Depois de horas falando/tentando entender pelo menos uns 3 idiomas, com direito a “tapas” (aperitivos espanhóis), hora de dar uma corridinha para pegar o último trem. Como eu queria que tivessem trens para se andar dentro da Grande Vitória, confortáveis, com ar condicionado, limpos e sempre no horário.

Eu cismei que queria visitar Toledo, e como o Blah-blah car (versão espanhola do Uber) não funcionou, fomos para uma das principais estações de Madri, carregando nossos chapéus para nos proteger do sol, para pegar um trem de longa distância, esse tem até cadeira reclinável e controle de bagagem como em aeroportos. Como tínhamos que esperar o horário da nossa viagem, passeamos pela estação, conheci o parque interno com plantas naturais e artificiais e tartarugas e peixes de verdade, experimentei batatas chips “Marinas” temperadas com sal marinho- aprovada! Achei um quiosque da Maybelline em promoção, tive que segurar o coração e o bolso, rolou só 2 batons!

Eu tive certeza que valia a pena ir a Toledo quando chegamos à estação local, linda! Optamos por pegar um daqueles ônibus panorâmicos com direito a narração em 9 línguas, melhor gastar um pouquinhos dos preciosos euros que andar no sol.

Para quem me conhece, sabe que sou católica, mas não frequentadora assídua da igreja, prefiro fazer minhas orações em casa, mas não posso negar a emoção de entrar na catedral de Toledo, uma das principais construções góticas do mundo! Sempre gostei do estilo, mas a beleza é simplesmente de arrancar suspiros. Confesso que nem conseguia prestar muita atenção no audioguia tamanha era a admiração.

Depois de andar pela cidade parei na lanchonete Naca Naca e comi um dos melhores hamburguês que já provei, nomeado “estilo Danés” #ficaadica #nãodaparaviversódefrutosdomar

domingo, 23 de agosto de 2015

Novas aventuras internacionais - parte 2

Primeira observação: quando minha amiga falou que estava quente na Espanha, não imaginei que era tipo Rio de Janeiro no verão quente! E eu de calça, MT sentia derretendo!
2. O aeroporto definitivamente não é perto de Madri, para você ter noção, ele é tão pequeno que tem duas estações de metro para diferentes terminais!
3. Alguns carros que teoricamente temos no Brasil, são beeem diferentes, tipo o pólo da Volkswagen, na Espanha ele parecia menor que um fox!
4. Adorei o bairro da minha amiga com várias casas de tijolinho, parecidas, mas não iguais. Gostei mais ainda quando descobri que eles tem uma piscina por rua. Que só os moradores que pagam por sua manutenção tem acesso e é bem limpo.
5. Os espanhóis levam a sério esse negócio de entrada e prato principal. Aí me ofereceram sopa e pensei "sopa no nesse calor? Deve ser algo cultural, melhor não contrariar", só que para minha surpresa estava fria! Sopa fria? Acho que a última vez que experimentei isso foi quando estava me recuperando da extração dos dentes sisos. Mas acho que foi melhor que sopa quente no calor e estava gostoso.
6. Eles tem seu próprio jeito de preparar peixe e frutos do mar. Ex. Peixe cozido no caldo de peixe, que é simplesmente uma água temperada e era bom, não dava para esperar uma moqueca, né? E sopa de frutos do mar. Segundo motivo de orgulho: estar aberta para experimentar novas comidas, e até provar uma bebida salgada, o que concluí que não é muito minha praia, parece que vc está bebendo molho.
7. Como a maioria de vocês já sabe, eu não falo espanhol, quando morava com essa minha amiga que me recebeu em Madri, até conseguia entender bastante, mas na hora de falar, parece que o sistema trava, e isso tem 2 anos. Para o meu azar, muitos espanhóis não falam inglês e parece que esses não fazem muita questão de te entender se vc não fala na língua deles. Minha melhor experiência foi com uma espanholinha de 6 anos, muito curiosa, fofa e inteligente, que tinha paciência de falar bem devagar e fazer questão que eu entendesse tudo que ela perguntava, as vezes ela apelava para "mãe, como é namorado em inglês?"
8. Infelizmente, a fama de que os europeus não gostam de tomar banho todo dia é verdade, inclusive no verão! Alguns também não devem gostar de desodorante, andar de metro era uma missão.
9. Adorei isso de ter máquinas com sanduíche natural em vários lugares, como estações de metrô, aeroportos e outros, vários sabores a sua escolha.
10. Ter fontes com água potável próximas aos pontos turísticos é umas das coisas mais aliviantes que se pode encontrar ao andar no sol de 40 graus e a garrafinha de 500 ml a 3 euros a venda em alguns estabelecimentos!

Em breve, mais sobre essa viagem... Incrível!

Novas aventuras internacionais - Parte 1

Em vários momentos dessa viagem pensei "nossa podia escrever isso no blog!" e aqui estou.
Para quem acompanhava os relatos das minhas aventuras, desde 2013 não faço uma viagem internacional. Poderia dizer que é falta de tempo ou dinheiro, mas a verdade é que mesmo antes de voltar do meu intercâmbio na Ásia, eu falei que em 2015 iria visitar a europa, então nada que vontade e planejamento não dessem jeito.
Mesmo não tendo que me preocupar com visto ou morar numa barraca, a véspera da viagem é sempre de poucas horas de sono e muita ansiedade, essa não poderia ser diferentemente e o valor do euro comparado com o real não ajudou, houve até quem falasse que eu era doida de viajar assim, que ia gastar muito, mas doido é quem deixa de realizar os sonhos por qualquer coisa! Se planeje com uma folga e de seus pulinhos.
O relógio foi programado para antes das 6h, mas antes disso já estava virando na cama e olhando as horas. Acho que eu não era a única inquieta, as pessoas da casa também acordaram antes do normal, consegui me despedir de todos.
Primeiro motivo de orgulho dessa viagem: não esqueci nada de que realmente precisasse!
Mesmo com o percurso ligeiramente maior, preferi passar pela praia e ver o amanhecer, mesmo que dentro do táxi, acho que foi uma boa escolha, ver o mar sempre me acalma, por isso até não me vejo morando numa cidade sem toda aquela massa de água para contemplar, algo como Lisboa e o rio Tejo, também serviria, rs.
De Vitória, primeiramente para Salvador, caminho conhecido e apesar da desconfiança na hora de comprar as passagens, a Gol pelo menos dessa vez surpreendeu positivamente se desculpando pela indisponibilidade do cardápio para compra e oferecendo um lanchinho grátis, que chato, né?!
Claro que meu vôo não era o ideal, sempre com escalas e horas de espera desnecessárias, dessa vez foram 12h no aeroporto de Salvador, olha a gnt faz o que pode: come, termina de ler um livro, faz a unha - ao contrário do que eu pensava, por um preço normal, come de novo, conhece gnt (interessante ou não), começa a ler outro livro, olha as lojinhas, fofoca no whatsapp...
Você entra na área intencional do aeroporto, os olhos brilham com o freeshop, vc olha o preço que não tem nada de free e pensa "não preciso de nada daqui mesmo" e fica conversando com um italiano que morava no centro-oeste, está voltando para Itália para resolver umas coisas, mas já está contando os dias para voltar pro Brasil e morar numa cidade nova. A conversa é tão boa que rola até o famoso "você tem facebook?" não da minha parte, claro, pq sou difícil, mesmo me coçando, espero o outro perguntar! Rola até uma troca de lugares do avião para conversar mais um pouco, pouco mesmo pq nessa altura o que eu queria mesmo era dormir (hahaha, vc não achou que eu fosse falar outra coisa, né?). Coincidência ou não, no sábado anterior, eu havia (mais uma vez) falado que iria começar o curso de italiano, afinal acho vergonhoso ter a cidadania e não falar a língua.
Queria dizer que uma das horas que mais desejo ser rica é quando entro em um avião para uma viagem longa e olho as cadeiras da classe econômica, aquilo não é simplesmente falta de conforto, é quase falta de dignidade.
Com um pouquinho dor no pescoço, chegamos a Madri dentro do horário previsto, estava esperando uma entrevista para entrar na Espanha, mas foi só mostrar o passaporte e responder até que dia iria ficar e que já tinha passagem de volta. Só! Cheguei lá e minha amiga já estava esperando, sucesso!
Nesse momento você já pode estar pensando, nossa Memelli deu sorte dessa vez, nada bizarro aconteceu. Ahá, aí vem o primeiro frio na barriga: as malas! Ficamos mais de meia hora esperando libertarem a bagagem! Estava ficando nervosa já, meu Deus, 2 semanas sem as minhas coisas?! Acho que todos já estavam nervosos, até que começou a chegar, a minha foi uma das primeiras, não foi dessa vez...